TRABALHADORAS NÃO SÃO VACAS
Vereadora Áurea (PTB-Itapeva), no Jornal Ita News de sexta (27):
"Andei pela cidade para verificar o serviço da mulheres da Frente de Trabalho. Acho que o secretário, que é do meu partido [Armando Gemignani], deve pensar que as mulheres são vacas e têm de amamentar seus filhos debaixo de um sol de 35° o dia inteiro.
Elas têm o direito de pelo menos amamentar 30 minutos num local apropriado e não com está sendo feito. Encontrei uma usando chinelo porque não há equipamento de trabalho. Jardinagem não é fazer guias. Água é fundamental, é obrigação. Não estamos no Nordeste nem no Iraque para não termos água. Eles têm que levar uma garrafa pet com água quente ou bater de porta em porta pedindo.
Que a prefeitura cumpra os direitos dos trabalhadores, senão vou voltar a fazer o que fazia e chamar o Ministério do Trabalho para autuar."
A Frente de Trabalho tem dado o que falar. Antes cada vereador podia indicar um número (cota) de apadrinhados (eleitores cativos) para a Frente. Agora, a prefeitura fez uma seleção com critérios objetivos. Ou seja, tudo indica que os vereadores perderam a regalia.
Frente de trabalho é uma tristeza. Mais triste ainda é saber que mais de 3 mil pessoas se inscreveram, algumas imploraram, para o trabalho precário, temporário. Podre povo.
Talvez por desencargo de consciência, a prefeitura realça o lado educativo, de reciclagem, de aprendizado de uma profissão: pedreiros, calceteiros, jardineiros, etc. Costuma dizer que os frentistas estão fazendo estágio, vão aprender uma profissão.
Seja como for, não deixa de utilizar mão-de-obra barata e abundante para dar uma guaribada na cidade. E o momento é, pois, oportuno. Ano que vem tem eleições. E os frentistas costumam ter família numerosa. Bastante eleitores!
Perguntar não ofende: quantos empregos criou a nova Secretaria do Emprego?
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