JUSTIÇA É PARA POBRES
NUA E CRUA
Justiça é só para pobre. É o que diz um dos juízes investigados num dos grampos da Operação Têmis, sobre suposta venda de sentenças judiciais. O diálogo, de acordo com a transcrição da Polícia Federal, ocorreu entre o juiz Djalma Moreira Gomes, da 25ª Vara Cível, e pessoa desconhecida.
Diz o juiz: "A Justiça não é uma coisa que interessa... é uma coisa, que a Justiça acaba sendo uma... uma coisa "pá" pobre, né? Porque rico resolve as coisas dele (...) de outra maneira. Então a Justiça foi uma coisa dada pros pobres, pra eles viver (sic) brincando aí".
IMAGINA, PÔ!
O interlocutor do juiz concorda com ele. Djalma continua: "Então quando isso aí... quando isso ameaça muito, então é bom... Aí imagina, pô! O nosso sistema foi feito pra não funcionar. É, foi feito pra não funcionar, se funcionar, tá errado". O interlocutor ri. "É, se funcionar, tá errado. Da forma como ele foi concebido, imagina. "Tão" tentando dar uma mexida nisso, mas... imagina."
BASTANTE CURIOSO
O diálogo nada revela sobre irregularidades, mas foi colocado no relatório pelos investigadores por ser "bastante curioso", já que Djalma "é membro da Justiça". O juiz não comenta a transcrição. Seu advogado o proibiu de dar entrevistas.
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