quinta-feira, fevereiro 01, 2007

PREVIDÊNCIA SOCIAL
Blog do Carlos Sarderberg (aqui)
  • O ministro da Previdência, Nelson Machado, diz que o regime previdenciário propriamente dito está razoavelmente equilibrado no curto prazo, sendo necessária uma reforma apenas para o futuro. Portanto, deve-se fazer a conta considerando apenas os que contribuíram e os que contribuem efetivamente. Estes são, basicamente, os trabalhadores do setor urbano formal, aqueles com carteira assinada.
  • O regime previdenciário dos trabalhadores urbanos formais teria apresentado no ano passado um déficit de (apenas) R$ 3,8 bilhões. Esse, para o ministro, é o problema previdenciário, de tratamento muito mais fácil, diz ele.
  • Aposentadorias rurais (déficit de R$ 18,3 bilhões) e demais aposentadorias concedidas fora do sistema de repartição, que levaram déficit total de R$ 42 bilhões no ano passado – constituem questão da política social do governo.
  • Lá (nos EUA) a idade mínima para aposentadoria no teto (US$ 2.116/mês) era de 65 anos. Está sendo progressivamente elevada para 67 anos, na base de dois meses ao ano. Isso para prevenir um déficit que apareceria em 25 anos.
  • O teto para aposentadoria nos EUA corresponde a US$ 25.400/ano (12 pagamentos), valor que corresponde a 60% ao PIB per capita americano.
  • No Brasil, o teto do INSS é de R$ 2.800/mês, ou R$ 36.400/ano (13 pagamentos). Isso corresponde a 4,5 (450 %) vezes a PIB per capita nacional.
  • Ou seja, a Previdência brasileira é mais generosa que a americana: paga (ou promete pagar) proporcionalmente mais e não tem idade mínima, permitindo aposentadorias plenas aos 53 anos.Por isso, a contribuição previdenciária é tão cara por aqui. Por isso também os impostos em geral são tão elevados. Para financiar déficits.

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