quarta-feira, dezembro 27, 2006

A sustentabilidade nos serviços financeiros
Estadão, pelo professor de finanças Rafael Paschoarelli: "Os serviços financeiros tornaram-se tão essenciais quanto aqueles prestados por empresas de saneamento, água, energia elétrica e telecomunicações.
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Esses dados [aumento exagerado de tarifas] evidenciam de maneira irrefutável que o setor financeiro não tem competição adequada e que o atual nível de regulação não foi capaz de criar um ambiente saudável e sustentável de convivência entre instituições e clientes.
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No caso do setor financeiro, não existe órgão específico que objetive o desenvolvimento harmônico e sustentável com equilíbrio de forças entre as partes. Engana-se quem diz que essa instituição é o Banco Central, pois seu objetivo é a execução da política monetária." AQUI
Uma principal função de banco é a intermediação financeira. Captar dinheiro onde sobra e emprestar a quem precisa produzir, consumir. Crédito azeita a economia. Sem crédito, só famílias endinheiradas conseguem montar empresas. Pobres talentosos ficam chupando o dedo. E se tentarem com empréstimos, quebram com o exagero dos juros.
No Brasil, faz tempo, o grosso do dinheiro captado pelos bancos é repassado ao governo (dívida pública), que paga (o governo) a maior taxa de juro do mundo. Bom para o governo gastador (é mentira essa ladainha que diz que o governo não gasta mais do que arrecada; gasta sim - 3 % do PIB). Bom para os bancos, que ganham numa boa (o superávit primário é economizado para pagar parte dos juros, a outra parte o governo rola).
Daí que sobra pouco para os bancos emprestarem a particulares. Justamente porque é pouco, metem a faca do juro e das taxas sem dó.
Por que o governo permite? Porque o governo gastador é beneficiário e ao mesmo tempo causador dessa confusão.
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