terça-feira, dezembro 19, 2006

Rei do baixo-clero

Denise Rothenburg com Luciene Soares, Correio Braziliense

"Uma maioria silenciosa da Câmara está uma arara com o PT e acha que o deputado Arlindo Chinaglia está muito reservado ao tratar do salário dos deputados. Pelo jeitão dos congressistas dessa categoria, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que defendeu o reajuste, acaba de receber o cetro e a coroa que pertenciam a Severino Cavalcanti (PP-PE)."
É no que deu esse nosso sistema eleitoral, que permite que candidatos endinheirados (abastecidos por empresas, sindicatos e mensalões) garimpem (para não dizer comprem) votos em todos os municípios, especialmente nos grotões e periferias, com a ajuda de mercadores, ou seja, cabos eleitorais: prefeitos, vereadores, prefeitos, pastores...
No sistema distrital, seria eleito o candidato que tivesse a maioria dos votos do distrito eleitoral (o Estado seria dividido em vários distritos eleitorais). Este sistema é adotado em quase todas as democracias maduras e estáveis (que ficam cada vez mais ricas e mais justas).
Não no Brasil (que gosta de inventar a roda). Os endinheirados não querem por razões óbvias (é mais fácil comprar votos em território maior). A esquerda tambén não quer, porque propostas "radicais" não costumam ser homologadas pelo conjunto de eleitores de um distrito, que preferem propostas de "centro".
E a coisa tende a piorar, porque no atual sistema os canalhas tem mais facilidade de adaptação e sobrevivência.
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