VEREADORES CONTRA CONCURSO PÚBLICO

Folha do Sul de hoje:

“MURO DE LAMENTAÇÕES – É impressionante como alguns vereadores relutam em aceitar a realização de concursos públicos.”

PÉROLA – O vereador Peixe chegou a dizer que, se pudesse, chamaria os aprovados num dia e os demitiria no outro. Tudo para poder manter os mesmos eleitores (ops) nos cargos!”

Ita News de ontem:

“O vereador Peixe disse que a situação do concurso público é muito delicada. “Dia desses fui procurado por funcionários da Frente de Trabalho que serão demitidos, pois a Prefeitura irá chamar os aprovados no concurso realizado”.

“[Vereador Tarzã] disse que há funcionários que estão trabalhando na Câmara há mais de 10 anos, e que não foram bem no concurso, não podendo simplesmente serem mandados embora. “É preciso reconhecer os relevantes serviços prestados por esses funcionários.” O jornal pergunta se “serão criados novos cargos em comissão?”

Comentário. Taí uma pequena amostra de como certos vereadores são reeleitos com facilidade, faça sol ou chova canivete, ganhe o PMDB ou PTB ou PT. Eles estão sempre por cima da carne seca.

Desgaste político, perda de eleição é coisa para “trouxas” como Clinton, Bush, Tatcher, FHC, Winston Churchill e outros menos cotados.

Como se nota, a preocupação dos vereadores não é com a lei – a Constituição determina que o acesso ao serviço público se dará mediante concurso.

A preocupação deles não é com a determinação da Justiça que pegou no pé por causa das contratações sem concurso e exige providências.

A preocupação deles não é com o desempenho da administração, não é contratar os mais preparados. Querem é reservar os empregos públicos para seus eleitores – que se transformam em ativos e agressivos cabos eleitorais para não perder o emprego.

A preocupação deles não é com a democracia. Não estão preocupados com o famigerado patrimonialismo que usa a coisa pública para se perpetuar no poder.

A preocupação deles não é com o princípio da impessoalidade. Não é com a igualdade de oportunidade que permite a todos disputarem um emprego com base no mérito.

Eta Brasilzão!