Crescimento de 5%: um sonho distante
Economista J. Roberto Mendonça de Barros, Valor Econômico
"Ao longo da campanha eleitoral o presidente da República prometeu o paraíso na terra, já e para todos. Em particular, assegurou que vamos crescer de 5 a 6% a partir do ano que vem. Nada mais parecido com uma promessa eleitoral.
Antes de tudo, vale observar que se consolida a percepção que o crescimento de 2006 será, mais uma vez, medíocre. No boletim Focus desta semana, pela primeira vez, a projeção do mercado ficou abaixo de 3%. A MB Associados, hoje, projeta 2,7% para o ano que se finda.
O crescimento acelerado (que supõe sustentabilidade) está a quilômetros de nós.
A agenda macro não avança, em particular no que tange à área fiscal. O governo busca uma efetiva quadratura do círculo: para acelerar o crescimento, acena com reduções de impostos e maiores investimentos públicos; cortes de gastos são desnecessários; já se admite aumento real para o salário mínimo no próximo ano; gastos sociais elevados; gastos de custeio em expansão acelerada, inclusive porque muitas bondades eleitorais só aparecerão de forma completa em 2007.
A conta, evidentemente, não fecha. Como compatibilizar uma continuidade da elevação dos gastos com cortes de impostos e manutenção da estabilidade?" LEIA MAIS
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