CASSINÃO
Folha de S. Paulo
"Entre janeiro e outubro deste ano, o setor público (União, Estados, municípios e estatais) destinou R$ 134,911 bilhões ao pagamento de juros - o que equivale, em média, a R$ 13,491 bilhões por mês, ou a R$ 444 milhões por dia.
Mesmo com a queda sofrida pela taxa Selic - principal indexador da dívida pública-, as despesas com encargos financeiros devem encerrar o ano num nível semelhante ao de 2005.
No ano passado, os gastos com juros chegaram a R$ 157,146 bilhões ou 8,1% do PIB.Neste ano, a expectativa do Banco Central é que a relação entre gastos com juros e PIB fique em 7,8% -aproximadamente R$ 162 bilhões." LEIA MAIS
Comentário. É preciso tomar cuidado com a diferença entre taxa de juro nominal e real.
Exemplo: um sujeito aplica em um banco que paga 30 % ao ano (taxa nominal). Ao final do ano, verifica-se que a inflação foi também de 30 %. Quanto realmente o sujeito ganhou (taxa real)? Zero! O poder de compra da aplicação é o mesmo de um ano atrás.
O Banco Central vem baixando a taxa nominal. Mas não a taxa real! Conforme cai a inflação, o Banco Central abaixa a taxa de juro nominal.
Entretanto, a taxa de juro real permanece no entorno de 10 % ao ano. E faz tempo! É a maior taxa de juro real do mundo, disparada, disparada!
Diziam que a taxa alta era para segurar a economia e combater a inflação. E para atrair dólares para o pagamento da dívida.
Agora a inflação está sob controle, a dívida externa o gato comeu.
Mas o juro alto continua segurando o crescimento da economia! Vai ver que o objetivo era esse mesmo!
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