terça-feira, outubro 31, 2006

INDUSTRIAIS x BANQUEIROS
Fiesp pede saída de Meirelles do Banco Central
Marcelo Rehder e Cleide Silva, Estadão

"Um dia após a vitória do presidente Lula para um segundo mandato, o principal líder empresarial paulista, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, pediu a substituição de Henrique Meirelles na presidência do Banco Central.
Para Skaf, sem essa alteração não faria sentido o novo discurso adotado por Lula, segundo o qual o desenvolvimento será a prioridade no segundo mandato.'Nos últimos dois anos, o BC gastou muito dinheiro com juros e tivemos um prejuízo muito grande com a falta de crescimento do País', disse Skaf.
Na avaliação da Fiesp, Meirelles deve ser substituído, o mesmo não ocorre em relação ao atual chefe do Ministério da Fazenda, Guido Mantega. Para Skaf, ele deve ser mantido." LEIA MAIS
Desenvolvimentistas: Guido Mantega e é claro, os industriais e agricultores - que precisam e querem produzir mais."
Monetaristas (juro alto para "segurar" a inflação): Meirelles, Palocci e é claro, a turma da grana (rentistas) que vive no bem-bom de juro.
O drama: sem política desenvolvimentista nenhum país aumenta a produção e o emprego. Isso é pacífico entre os economistas. Mas para desencadeá-la, há que elevar o investimento. É aí que o bicho pega. Porque para aumentar o investimento, é necessário diminuir o consumo - apenas num primeiro momento (o que pode fazer estrago na popularidade do governo). Lembre-se da fórmula:
renda(produção) = consumo + investimento
Tanto na reeleição de FHC como de Lula, ambos optaram por aumentar o consumo! Ganharam a reeleição, mas o País perdeu crescimento. E isso é feito com a desvalorização do dólar - que barateia os produtos importados e por tabela, os nacionais.
PS: Leitor amigo, me desculpe se estou sendo muito repetitivo. É que não dá para entender política sem entender certos fatos econômicos. Entendendo-os fica mais fácil de ver que a diferença entre os políticos, muitas vezes, está só no discurso, no gogó, da boca pra fora. Ademais, não há diferença entre economistas desenvolvimentistas do PT e do PSDB.
Não existe uma economia de esquerda. Nem Marx deixou a receita. O que existe são decisões políticas que podem beneficiar mais o consumo imediato ou podem beneficiar mais o investimento (ou seja, mais consumo posterior). Só isso.
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