PARA ENTENDER A HISTÓRIA REGIONAL
OCUPAÇÃO DO INTERIOR BRASILEIRO
Razões econômicas para a ocupação do interior: inicialmente a caça ao índio, depois para fornecer animais de serviço e carne aos engenhos de cana-de-açúcar litorâneos, e mais tarde para as regiões mineradoras.
Transcrição de trechos do extraordinário livro do economista Celso Furtado: FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL (Publifolha, coleção Grandes Nomes do Pensamento Brasileiro):
“Em São Vicente, onde a escassez de mão-de-obra era maior, a primeira atividade comercial a que se dedicaram os colonos foi a caça do índio.
OCUPAÇÃO DO INTERIOR BRASILEIRO
Razões econômicas para a ocupação do interior: inicialmente a caça ao índio, depois para fornecer animais de serviço e carne aos engenhos de cana-de-açúcar litorâneos, e mais tarde para as regiões mineradoras.
Transcrição de trechos do extraordinário livro do economista Celso Furtado: FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL (Publifolha, coleção Grandes Nomes do Pensamento Brasileiro):
“Em São Vicente, onde a escassez de mão-de-obra era maior, a primeira atividade comercial a que se dedicaram os colonos foi a caça do índio.
Os habitantes de São Vicente serão levados a penetrar a fundo nas terras americanas na caça indígena.
O único artigo de consumo de importância que podia ser suprido internamente era a carne, que figura na dieta mesmo dos escravos, como observa Antonil. Era no setor de bens de produção que o suprimento local encontrava maior espaço para expandir-se. As duas principais fontes de energia dos engenhos – a lenha e os animais de tiro – podiam ser supridos localmente com grande vantagem. O mesmo ocorria com o material de construção mais amplamente utilizado na época: as madeiras
Ao expandir-se a economia açucareira, a necessidade de animais de tiro tendeu a crescer mais que proporcionalmente.
A criação de gado – na forma em que se desenvolveu na região nordestina e posteriormente no sul do Brasil – era uma atividade econômica de características radicalmente distintas das da unidade açucareira. A ocupação da terra era extensiva e até certo ponto itinerante.
O recrutamento de mão-de-obra para essas atividades (criatórias) baseou-se no elemento indígena que se adaptava facilmente à mesma.
Tudo indica que essa atividade era muito atrativa para os colonos sem capital, pois não somente da região açucareira, mas também da distante colônia de São Vicente, muita gente emigrou para dedicar-se a ela.
A etapa da rápida expansão da produção de açúcar, que vai até a metade do século 17, teve como contrapartida a grande penetração nos sertões.
Da mesma forma, nos século 18, a expansão da atividade mineira, comandará o extraordinário desenvolvimento da criação no sul.
Marcadores: Economia Celso Furtado, HISTORIA REGIONAL, Itapeva história
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