sexta-feira, maio 26, 2006

POR QUE LULA LIDERA AS PESQUISAS?

CARISMÁTICO – sabe interagir com o povão, discurso de “paizão" que protege os filhos. Não sai da TV e dos “comícios”.

BOLSA-FAMÍLIA – ampliou o programa iniciado no governo anterior. Faz uma propaganda danada, sugerindo que o programa é de sua iniciativa.

SALÁRIO-MÍNIMO – que beneficia milhões de aposentados e trabalhadores.

SACO DE BONDADES – é generalizado. Chegou até ao fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, a PREVI. Reduziram a contribuição em 40 %!!!. “Mesmo com o pagamento de cerca de R$ 4,3 bilhões em aposentadoria, contra uma arrecadação de contribuições de apenas R$ 2,4 bilhões”.

A justificativa? É que parte substancial do patrimônio da PREVI é aplicada em ações. Como as ações subiram muito, o patrimônio pulou de R$ 43 bilhões em 2002 para 83 bilhões em 2005. É sustentável? Depende da bolsa de valores, que por natureza, é imprevisível. Detalhe: há três anos, neste governo, com a Bolsa de Valores em baixa, a PREVI reduziu, por prudência, o porcentual de aumento anual das aposentadorias!

DÓLAR BAIXO – é a “bondade” mais importante, decisiva mesmo, porque derruba a inflação, barateia os preços (beneficiando pobres e ricos). O valor do salário mínimo, convertido em dólar, é recorde (mais pelo dólar baixo).

Reparem que a popularidade de Lula aumentou paralelamente com o aumento dos protestos dos agricultores.

Um saco de milho vale 5 dólares, aproximadamente. 5 dólares vezes R$ 3,00 dá R$ 15,00. A R$ 2,00 dá R$ 10,00. O consumidor ganha, o produtor perde!

A história se repete. FHC foi reeleito também com a ajuda do dólar baixo. Lembra do 1 por 1, do iogurte, do frango, “mascotes do Plano Real”? Conseqüência disso: seguidas crises cambiais, porque o dólar baixo desestimulava a exportação, ou seja, o país ficava carente de dólar (balança comercial negativa).

Até nisso a história se repete. Os solavancos na Bolsa de Valores, na cotação do dólar, no risco-país dos últimos dias refletem o aumento do juro pelo banco central americano.

Mas também refletem a “previsão” do mercado de que o Brasil, com o atual câmbio (igual ao de 1999), no médio prazo, terá as exportações diminuídas, de novo!!. Leia-se: menos dólares para saldar os compromissos externos.

Leia o relatório do
CEPEA/ESALQ/USP(clique aqui): “Caracteriza-se, assim, claramente uma situação de forte e preocupante queda da atratividade das exportações. Embora ainda mantenha-se em nível melhor do que em seguidos anos da década de 1990, a persistente tendência que vem se verificando – notadamente no câmbio – pode comprometer a evolução altamente positiva apresentada pelo setor [agronegócio] nos últimos anos.”

Mas a eleição é em outubro. E águas continuam rolando.
LEIA MAIS NO LINK "ECONOMIA-ARTIGOS", NO LADO DIREITO.
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