quinta-feira, maio 19, 2011

COLUNA DO SPC, NO JORNAL A GAZETA


Oposição morreu?

            A oposição parlamentar no Brasil se acomodou, está moribunda, e sem o contraponto oposicionista fica difícil afirmar que vivemos em um regime democrático. O que vemos hoje no Congresso Nacional e nas Câmaras Municipais são críticas pontuais de parlamentares isolados, aqui e ali, não uma oposição orgânica como partido, ou grupo político, com força suficiente para corrigir abusos e distorções gerados pelos Executivos. No Congresso Nacional a oposição está doente, internada na UTI faz tempo, e nas Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais a oposição só arrota, mas não vomita, e isso acontece na maioria dos estados da federação e municípios.

Na Câmara de Itapeva existiam outrora dois vereadores da oposição (??), hoje ninguém garante que eles continuam nesse papel ingrato de oposição. Ingrato, porque o vereador de oposição é desprezado não só pelo prefeito, mas também pelos secretários municipais, o que dificulta para eles atender pedidos de seus eleitores, cuja realização depende da boa vontade do Executivo. Sem agradar o eleitor fica difícil se reeleger, haja vista que bem poucos vereadores da oposição conseguem se reeleger. Eles sabem disso e acabam aderindo ao prefeito, ou fazendo corpo mole. E o grande responsável por isso é o eleitor, que não acompanha os trabalhos da Câmara porque está mais preocupado em acompanhar o seu time de futebol. Os políticos festejam essa burrice do eleitor.
       
      O pior de tudo é que o brasileiro tem formação antidemocrática, quer dizer, ele não é educado para valorizar a política, desde criança ele ouve dizer que a política é uma nojeira, só tem corruptos e que só Jesus salva. Se na escola nem o básico ele aprende, pois tem criança com mais de oito anos de idade que mal sabe ler e escrever, é ilusão pretender que elas tenham noções básicas de política. O professor não é treinado para esclarecer e é isso que os políticos querem, que ele esqueça da política.           

Políticos espertos então se aproveitam da ignorância de um povo em que a maioria é semianalfabeta, ou “analfabeto funcional”, para tirar proveito e avacalhar com a política, que é o único meio de ajudar a população, o município, o País e o mundo.

Instituto Histórico                                                            
      
      Tudo indica que o Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Itapeva (IHGGI) está tendo um novo alento com a recém-iniciada gestão da professora Zuleide Pereira Leite. Por vários motivos, o Instituto Histórico não foi reconhecido, até agora, por sua importância como instituição destinada a criar interesse e gosto pela preservação de nossa memória, programando ações no sentido de descobrir, recolher, catalogar e cuidar da preservação de tudo o que diz respeito à nossa memória histórica, geográfica e genealógica, trabalho importante e fundamental para saber o que fomos e o que somos. Infelizmente, o IHGGI tem padecido há muito tempo com gestões meia-boca, agravadas pelo desinteresse da maioria dos itapevenses por tudo aquilo que, mesmo remotamente, cheire à cultura ou memória histórica. Os vereadores, então, nem passam por perto.

            Outros professores (as) estão participando das reuniões na Sala Verde (que é marrom) e tudo indica que com a Zuleide o IHGGI vai engrenar. Na reunião de sábado discutiu-se o anteprojeto para elaboração do Estatuto do Museu, que será criado e administrado pelo Instituto, incubação de outros museus destinados a áreas diversas.

15 ou 17?
                                                           
           A discussão acaciana de quantos vereadores seria o ideal para Itapeva, minha opinião é de que dez já está de bom tamanho, aumentar o número de vereadores não vai melhorar o péssimo desempenho do Legislativo, só vai ficar mais gente vadiando. Seja com 15 ou 30, isso não vão mudar nada, o prefeito Cavani (PSDB?) e seus secretários vão continuar fazendo o que bem entendem e ninguém tasca. Ainda mais agora que o presidente da Câmara ficou bonzinho, não liga para mais nada e até acumula o cargo de Chefe de Gabinete do deputado Ulysses. Alguém acha que o Paulinho está ligando para essa bobagem de fiscalizar o Executivo e o número de vereadores? Chééééé.

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