quarta-feira, abril 20, 2011

COLUNA DO SPC, NO  JORNAL A GAZETA


Peça o boné, secretário

É com tristeza e perplexidade que vemos um profissional de gabarito, como o engenheiro florestal doutor Marco André, se sujeitar a críticas humilhantes, tanto de vereadores na Câmara, como de usuários dos serviços de saúde do município, por sua gestão desastrosa frente à Secretaria de Saúde. Essa sua tolerância e descaso às críticas pedem uma explicação, pois é inconcebível que alguém que aparenta ser uma pessoa austera e sensata não se sensibilize de ser malhado por tanta gente, há meses, e ainda leve desaforo pra casa sem se envergonhar. Como se explica isso, racionalmente? Será porque o doutor Marco André precisa do emprego para sobreviver, por ter fracassado como engenheiro? Ou ele está fazendo “bico” na profissão madeireira quando devia estar na secretaria? Ou ele nunca foi bom em gestão, muito menos em serviços de saúde, que não é sua área? Ou será que ele tem ilusões políticas, sobre um virtual apoio do prefeito Cavani nas eleições do próximo ano, para sucedê-lo? Seja como for, doutor Marco André não pode declinar de sua honra e de seu bom nome, valores que não têm preço, nem mesmo a troco de um cargo de secretário, que, convenhamos, não é lá essas coisas. Contudo, o responsável de fato pela permanência no cargo do secretário relapso é o prefeito Cavani, que fecha os olhos e o nariz para não ver nem sentir o cheiro.

Minha maior obra...

O dístico de campanha do prefeito Luiz Antônio “Minha maior obra é cuidar das pessoas” estaria correto se lhe fosse acrescido: “desde que não adoeçam nem fiquem devendo para a Prefeitura. Porque se alguém da população pobre ficar doente corre o risco de morrer à míngua de atendimento médico, graças à inaptidão do Secretário de Saúde, teimosamente mantido no cargo pelo prefeito; ou se alguém ficar devendo IPTU  também corre o risco de ter seus móveis penhorados pelos funcionários da Prefeitura, como já aconteceu com diversas pessoas, entre elas uma viúva entrevistada pela imprensa e, até, um ex-vereador que o Tarzan vive querendo arrumar uma mamata na Câmara. A justificativa do Jurídico Municipal, é que o Tribunal de Contas obriga a municipalidade tomar essas medidas desagradáveis. Ora, por que então os prefeitos se queixam da Justiça quando seus municípios são ameaçados de seqüestros por não pagarem os precatórios? Deviam ser mais tolerantes também, não é mesmo?  
Isso sem falar de outros setores da administração que ficam para outra oportunidade.
            
A gestão do prefeito Cavani (PSDB?) só leva vantagem em relação a do seu antecessor, Wilmar Mattos, nas contas municipais a cargo do secretário de Finanças, Adelço Abdalla Bührer. Porque é aí que o bicho pega, pois se um descuido qualquer da contabilidade deixar passar alguma mutreta ou aplicação indevida de recursos, o prefeito corre o risco de ir conversar com o promotor, doutor Hélio Dimas, que é educadíssimo, mas não perdoa o próximo que prevarica, mesmo contrariando o pedido do Mestre, que, diga-se de passagem, já está cheio da hipocrisia dos cristãos.

Justa homenagem

Às vezes os vereadores acertam ao homenagear pessoas que vivem em Itapeva, concedendo-lhes honrarias, algumas fajutas, é bom que se diga, como aquela que leva o nome de um ex-vereador, mas a de cidadania ainda tem seu encanto. E sexta-feira passada o homenageado, merecidamente, foi o ibero-brasileiro Ezidro de La Rua Bajo. Com recinto lotado a Câmara foi palco ideal para o evento, que teve muito discurso saudando o homenageado e sua mulher, dona Ruth Campolim, felizmente, todos breves, que também receberam placas alusivas ao ato e alguns mimos dos presentes. Ezidro é uma pessoa ímpar, esbanja simpatia, está sempre bem-humorado, é querido por todos, a homenagem foi mais que merecida. Parabéns Ezidro e Ruth.

Parabéns pelas músicas de espera com cantores da MPB e aos violonistas Fernando de La Rua e Alexsandro pelas belas performances. Só o Coral Municipal destoou do clima festivo ao se apresentar com repertório inadequado, uniforme preto e um único coralista de camisa amarela, que desafinou várias vezes. Por que o regente Acir não mandou o cara trocar de roupas ou calar a boca? Foi um desrespeito ao público e aos homenageados; o bom regente não pode compactuar com o desleixo de ninguém.
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