quinta-feira, março 17, 2011

SPC NO JORNAL GAZETA 

Som e vandalismo urbano
 
            A maioria dos jovens itapevenses, que tem carro, não consegue mais dirigir sem ligar o som, mas não é um som musical, relaxante, gostoso de ouvir, é som em volume absurdamente alto, que chega a disparar os alarmes de carros pela rua onde eles passam. É o som de percussão, que se ouve a quarteirões de distância, que chega a tremer os vidros das residências. Isso acontece durante o dia, mas à noite piora, principalmente, após as 23 horas, tendo alguns doidivanas que soltam o som, de madrugada, nos fins de semana. Caminhonetes ocupam toda a carroceira com caixas acústicas. Uma loucura. E com a complacência das autoridades responsáveis.

E os motoqueiros?  Qual o motoqueiro que não altera o escapamento da moto para fazer mais barulho, cada um quer aparecer mais que o outro, através ronco das motos. São raras as motos que mantêm o ronco original, tolerável.

A reclamação sobre o excesso de barulho de carro e motos não é só deste escriba, antes fosse, a queixa é geral, parece que a rapaziada ficou lelé da cuca, ou acredita que som alto no carro vai melhorar o desempenho sexual deles. Não melhora. Não são todos que abusam, é uma meia dúzia, fácil de pegar. Mas ninguém toma providências. Menos ainda a polícia, que, nesse caso, se faz de morta.

A lei do silêncio está precisando de uma adaptação para coibir esses abusos.

A Polícia Militar e a Guarda Municipal, se quisessem, podiam ajudar a conter essa rapaziada, que faz verdadeiro vandalismo social ao agredir as pessoas, em seus lares, com a estupidez de um som anormal. Ouvir música no carro, sim, barulho, não.

Três devotos, um só propósito: - eleitores

Domingo passado, três figurinhas carimbadas foram vistas na missa das dez na Igreja da Piedade: prefeito Cavani, vereador-vice-prefeito Paulinho de la Rua e o deputado Ulysses. Os três, sentadinhos juntos, sérios, semblantes carregados de fé, o Paulinho, no meio dos dois, segurava missário, o prefeito e o deputado seguiam o dedo do Paulinho que ia deslizando sobre as palavras. Segundo assessores, domingo próximo os três religiosos vão a um culto evangélico, parece que na Maranata. Se alguém ainda tem dúvida quem o doutor Luiz vai apoiar para sucedê-lo é só observar o jeito dele e do Paulinho quando estão juntos, o brilho nos olhos dos dois. Como irmãos.  

Os grandes amigos do Paulinho não estavam na missa porque o Davi é espírita, o Tarzan diz que é meio evangélico e o Celinho umbandista. Paulinho é o candidato mais ecumênico da região. Entretanto, quando a campanha chegar para valer, o espanholzinho, com aquele seu jeitão meio acaipirado, vai estar em todas, não só em igrejas, centros e terreiros, mas, em bailinhos de sítio, feijoada beneficente, bingo de igreja, marcação de gado, rodeios macarrônicos. Os secretários municipais que sonham um dia sentar na cadeira do chefe, com o apoio dele, não se iludam. Paulinho é o cara.

Alcoviteiros

Já teria uma grana preta guardada se cobrasse cada vez que me perguntam se o Juninho da Bauma é candidato a prefeito. Não sei. Sei que ele é presbiteriano, é meu vizinho, há uns dez anos, mas mal me cumprimenta (acho que pensa que sou católico, não sei), então, como vou saber de suas intenções políticas? Sei o que todo mundo sabe, ele está comprando, ou arrendando, rádios num raio de 600 quilômetros, já segurou o Comeron, está de olho em outros comunicadores, o homem está investindo e, a se dar crédito as más línguas, ele não almeja só a prefeitura de Itapeva, mas, também. 

Sei (por ouvir falar) que é um empresário bem-sucedido, se vê isso, pelas caminhonetes dele e os sapatos que usa. Interessante, não adianta especular a vida dele por aí, ninguém sabe de nada, apenas fofocas, o certo é que um sigilo (ou seria segredo?) meio maçônico (epa) cerca o Juninho. Mas como ele (ainda) não é político, deixemo-lo em paz, ninguém tem nada que xeretar a sua vida pessoal. Tenho dito.
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