DO BLOG DO PROFESSOR ROBERTO ROMANO:
Os empresários que apoiam o sistema e sua fórmula.
Fórmula infalível: benesses para os empresários, promessas de lucros fabulosos igual a "contribuições" financeiras para as campanhas, apoios da imprensa, silêncio diante dos atentados ao patrimônio público. Numa palavra : cumplicidade. A fórmula serve para regimes de nomes vários, direita, esquerda, centro. Assim foi na ditadura Vargas e na ditadura civil militar de 1964 (os malandros da política buscam retirar o que houve de civil —ou seja, de empresário— no regime tirânico). Desde então, no entanto, alguém abriu o segredo, e não foi uma pessoa exterior ao sistema, mas nela incluída. Delfim Netto: "o empresariado brasileiro adora mamar nas tetas do governo". Os empresários investem nas tetas, esperam e exigem dividendos graúdos.
No teatro político que hoje se desenrola, os bastidores abrigam os que atravessam os recursos públicos. Eles agem na sombra e só por cochilos seus ou de seus amigos, sua função vem ao conhecimento do público. Na platéia, a massa dos estonteados pela cantoria e propaganda emitida pelos beneficiados. E quem são eles? Os empresários, os bancos, os políticos.
A fórmula não foi inventada pelo PT e pelo seu governo. Ela existe desde o começo do Brasil. Ajustes técnicos são providenciados de tempos a outros, mas o percurso é sempre o mesmo: dos bolsos espoliados dos contribuintes aos recheados dos beneficiários. E na tarefa, os que desempenham o papel de lubrificantes do sistema, entre eles boa parte da imprensa e de jornalistas venais (vender-se em favor de uma ideologia, ou de cargos no governo é venalidade, mesmo que disfarçada por "idealismo".
A fórmula pode ser radicalizada. Na cena mundial, o século 20 conheceu tal operação com a cumplicidade do grande empresariado germânico, italiano, francês e o nazi-fascismo. Mesmo a IBM, dos EUA, foi cumplice do sistema totalitário, leia-se o irrespondível livro de Edwin Black : The IBM and the Holocaust.(New York, Crown Publishers).
A fórmula pode ser atenuada. Existe, no Congresso Nacional, projeto que regulamenta o lobby. Mas ele está enterrado sob os escombros da cidadania republicana e debaixo dos interesses das pessoas que pedem paz ao PIB, ou seja, aos seus bolsos.
Moralismo, jogo de cena, mentiras e manipulação da midia. A fórmula possui variantes. Enfim, temos a fórmula "Brasil", fábrica de apodrecimento ético em escala cósmica.
RR
No teatro político que hoje se desenrola, os bastidores abrigam os que atravessam os recursos públicos. Eles agem na sombra e só por cochilos seus ou de seus amigos, sua função vem ao conhecimento do público. Na platéia, a massa dos estonteados pela cantoria e propaganda emitida pelos beneficiados. E quem são eles? Os empresários, os bancos, os políticos.
A fórmula não foi inventada pelo PT e pelo seu governo. Ela existe desde o começo do Brasil. Ajustes técnicos são providenciados de tempos a outros, mas o percurso é sempre o mesmo: dos bolsos espoliados dos contribuintes aos recheados dos beneficiários. E na tarefa, os que desempenham o papel de lubrificantes do sistema, entre eles boa parte da imprensa e de jornalistas venais (vender-se em favor de uma ideologia, ou de cargos no governo é venalidade, mesmo que disfarçada por "idealismo".
A fórmula pode ser radicalizada. Na cena mundial, o século 20 conheceu tal operação com a cumplicidade do grande empresariado germânico, italiano, francês e o nazi-fascismo. Mesmo a IBM, dos EUA, foi cumplice do sistema totalitário, leia-se o irrespondível livro de Edwin Black : The IBM and the Holocaust.(New York, Crown Publishers).
A fórmula pode ser atenuada. Existe, no Congresso Nacional, projeto que regulamenta o lobby. Mas ele está enterrado sob os escombros da cidadania republicana e debaixo dos interesses das pessoas que pedem paz ao PIB, ou seja, aos seus bolsos.
Moralismo, jogo de cena, mentiras e manipulação da midia. A fórmula possui variantes. Enfim, temos a fórmula "Brasil", fábrica de apodrecimento ético em escala cósmica.
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