terça-feira, agosto 25, 2009

"No Brasil, o Estado existe para servir aos interesses dos políticos, não para servir aos interesses da comunidade."

Blog de Claudo W.Abramo, da Transparência Brasil

(...)

O que aconteceu na Receita Federal é o retrato acabado da captura do Estado pelo interesse privado dos políticos. Como os ministros podem nomear e desnomear pessoas à vontade para ocupar cargos na administração, é isso o que fazem, protegidos pela Constituição.

Se o Brasil fosse a Noruega, o governo jamais se atreveria a substituir um chefe da Receita sem motivo. Teria de justificar a substituição. Mais importante, teria de responder direitinho a perguntas sobre a política arrecadatória e fiscalizatória.

O Brasil não é a Noruega. Mais parece a República Centro-Africana.

Não se imagine que esse tipo de ingerência aconteça apenas no governo federal. Acontece em todos os governos estaduais e municipais. Como no Brasil o critério fundamental de preenchimento de cargos na administração pública é político e não técnico, não tenha dúvidas o eventual visitante de que as secretarias estaduais de Fazenda são geridas exatamente da mesma maneira, com objetivos semelhantes.

A diferença é que a imprensa brasileira não cobre o plano local, de forma que o público fica sem saber o que acontece.

Os políticos usam a máquina pública para satisfazer seus próprios interesses, que podem ser alegadamente políticos, mas que, uma vez aberta a porteira, conforme o caso incluem o diretamente criminal. ÍNTEGRA

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