Bolsa Família: Sem efeito sobre a pobreza |
Renata Mariz, Correio Braziliense |
Faz três anos que Wilma Silva Moreira e o marido, Walmi, recebem um auxílio de cerca de R$ 100 do governo federal. Com o dinheiro, garantem uniformes escolares e tênis em bom estado para os dois filhos, compram frutas e verduras e ainda pagam as passagens da mais velha, Kelry Cristina, de 10 anos, que vai de ônibus às aulas de ginástica rítmica três vezes por semana. Se não fosse esse recurso, não teria como fazer isso por eles , conta a dona de casa, que sabe da obrigatoriedade de manter os pequenos na escola para não perder o benefício. Na casa simples em um bairro humilde do Distrito Federal, é impossível não perceber o quanto o auxílio do Bolsa Família(1) melhora a vida dos Moreira. Dificilmente, entretanto, o programa Social será capaz de cumprir um dos principais objetivos a que se destina: retirá-los da pobreza a longo prazo. É o que aponta um estudo inédito intitulado Mobilidade Social no Brasil: o papel da educação e das transferências de renda elaborado por Rafael Osório, pesquisador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), e por Marcelo Medeiros, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). MAIS |
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