A educação econômica e financeira na formação dos jovens
José Matias-Pereira*, Correio Braziliense
Observa-se, no mundo contemporâneo, que o indivíduo passa a maior parte da vida pessoal e profissional tomando decisões econômicas e financeiras, seja no âmbito pessoal, familiar, dos empregados e de sua comunidade. Essas decisões se dão ao escolher uma carreira profissional, buscar trabalho, ampliar as oportunidades empresariais, definir a alocação de recursos e poupar para o futuro, entre outras, no intuito de posicionar-se adequadamente às mudanças ambientais e crises econômicas.
Tendo como pano de fundo as turbulências provocadas pela recente crise financeira e econômica mundial, a questão básica que se coloca para o debate neste artigo é: as pessoas, na atualidade, para tomar decisões corretas necessitam de uma base mínima de conhecimento econômico e financeiro? A resposta a essa pergunta é sim. Torna-se relevante, nos países de economias capitalistas, o ensino de economia básica e finanças pessoais, por ser essencial para a inserção do indivíduo no contexto social e cultural do país. A compreensão do funcionamento da economia e a capacidade de gerir as finanças pessoais contribuirão decisivamente para que o estudante possa assumir plenamente, no futuro, o papel de cidadão. Verifica-se que essas duas áreas do conhecimento humano interagem de forma permanente, e são determinantes para o sucesso do indivíduo, da família, da comunidade e da empresa, ao longo da trajetória pessoal e profissional do indivíduo.
Observa-se, no mundo contemporâneo, que o indivíduo passa a maior parte da vida pessoal e profissional tomando decisões econômicas e financeiras, seja no âmbito pessoal, familiar, dos empregados e de sua comunidade. Essas decisões se dão ao escolher uma carreira profissional, buscar trabalho, ampliar as oportunidades empresariais, definir a alocação de recursos e poupar para o futuro, entre outras, no intuito de posicionar-se adequadamente às mudanças ambientais e crises econômicas.
Tendo como pano de fundo as turbulências provocadas pela recente crise financeira e econômica mundial, a questão básica que se coloca para o debate neste artigo é: as pessoas, na atualidade, para tomar decisões corretas necessitam de uma base mínima de conhecimento econômico e financeiro? A resposta a essa pergunta é sim. Torna-se relevante, nos países de economias capitalistas, o ensino de economia básica e finanças pessoais, por ser essencial para a inserção do indivíduo no contexto social e cultural do país. A compreensão do funcionamento da economia e a capacidade de gerir as finanças pessoais contribuirão decisivamente para que o estudante possa assumir plenamente, no futuro, o papel de cidadão. Verifica-se que essas duas áreas do conhecimento humano interagem de forma permanente, e são determinantes para o sucesso do indivíduo, da família, da comunidade e da empresa, ao longo da trajetória pessoal e profissional do indivíduo.
Partindo da aceitação que, em grande parcela, a aprendizagem se inicia e termina na sala de aula do ensino fundamental e médio, argumentamos que é preciso repensar os currículos e incluir o ensino de economia básica e finanças pessoais na formação dos alunos brasileiros, num nível equivalente à prioridade dada à matemática, ciências, leitura, entre outras disciplinas. Pode-se sustentar que essas carências nunca foram consideradas relevantes nas definições das políticas públicas de educação no Brasil, que desconsideram que os hábitos salutares desenvolvidos pelo jovem no crescimento que ocorre na fase que antecede ao seu ingresso na faculdade, assim como a compreensão econômica e financeira, serão utilizados e praticados ao longo da vida. Diante de um mundo globalizado, que está passando por profundas transformações, faz-se necessário que o estudante brasileiro internalize de forma consistente os conceitos básicos de economia e de finanças pessoais, pois irá utilizá-los para o resto da vida. O ponto de partida no esforço de ampliar a formação dos alunos é incluir esses temas no currículo do ensino fundamental e médio, com vista a permitir que o jovem possa distinguir com clareza o que é consumo e consumismo; que os desejos de consumo são ilimitados, mas não a renda de uma pessoa ou da família; que as despesas devem estar compatíveis para caber dentro do orçamento pessoal ou familiar; e que os compromissos assumidos, mesmo que sejam parcelados em longo prazo, irão vencer e terão que ser honrados. Dessa forma, o jovem se tornará um usuário crítico das ferramentas disponíveis nessas áreas de conhecimento, permitindo que decida corretamente sobre seu futuro pessoal ou familiar, deixando de ser estimulado facilmente a efetuar gastos desnecessários ou exorbitantes a partir dos atrativos (falsos ou não) que o mercado lhe impõe diariamente.
-------
-------
*Doutor em ciência política e pós-doutor em administração, é professor-pesquisador associado da Universidade de Brasília (UnB)
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home