DA SÉRIE COMO GOVERNO MENTE
Imunidade preventiva
Dora Kramer, O Estado de S. Paulo
Tímido na abordagem e lento na solução de problemas objetivos, o presidente Luiz Inácio da Silva em mais de uma oportunidade também já mostrou o quanto é ligeiro e destemido quando o assunto é política. Se a questão em jogo for eleitoral, então, não há ninguém mais alerta e pragmático.
Já sentiu de longe o aroma do perigo e, por isso, muito antes de se materializar a preocupação no governo com a extensão da crise econômica mundial para os dois últimos anos de seu mandato, o presidente começou a construir o discurso preventivo à eventualidade de o bolso do brasileiro vir a ser atingido em cheio pelos efeitos da dura conjuntura.
Lula nunca fala do problema na essência, sempre no feitio de acusação. Ora a crise é "do Bush" ora a culpa é das agências de risco "palpiteiras", ora a responsabilidade é do "cassino" montado pelos Estados Unidos no mercado financeiro, ora o demônio está encarnado no "capital internacional" sempre pronto ao massacre contra os países pobres e emergentes.
Não importa o nome do bode, desde que sirva para expiar todas as culpas e afastar do Palácio do Planalto quaisquer ônus políticos decorrentes da crise. MAIS
Tímido na abordagem e lento na solução de problemas objetivos, o presidente Luiz Inácio da Silva em mais de uma oportunidade também já mostrou o quanto é ligeiro e destemido quando o assunto é política. Se a questão em jogo for eleitoral, então, não há ninguém mais alerta e pragmático.
Já sentiu de longe o aroma do perigo e, por isso, muito antes de se materializar a preocupação no governo com a extensão da crise econômica mundial para os dois últimos anos de seu mandato, o presidente começou a construir o discurso preventivo à eventualidade de o bolso do brasileiro vir a ser atingido em cheio pelos efeitos da dura conjuntura.
Lula nunca fala do problema na essência, sempre no feitio de acusação. Ora a crise é "do Bush" ora a culpa é das agências de risco "palpiteiras", ora a responsabilidade é do "cassino" montado pelos Estados Unidos no mercado financeiro, ora o demônio está encarnado no "capital internacional" sempre pronto ao massacre contra os países pobres e emergentes.
Não importa o nome do bode, desde que sirva para expiar todas as culpas e afastar do Palácio do Planalto quaisquer ônus políticos decorrentes da crise. MAIS
posted by Sebastiao Loureiro at quarta-feira, outubro 01, 2008
1 Comments:
A ilustre jornalista,exagera nos seus comentários, é claro que ninguém é ingênuo, de não saber que numa econômia globalizada, uma crise americana têm desdobramentos p/ todo mundo, vide o que ocorre nos bancos de investimentos europeus: Alemanha, Inglaterra, etc. Agora, o presidente Lula não exagera em nada, em dizer que essa crise é cria do Bush, esse problema lá, já vem se arrastando há mais de um ano, com financiamentos mal feitos no setor imobiliário, e o setor está todo degradado, acumulando prejuízos gigantescos, e quem avaliou mal estes financiamentos? Quem não fiscalizou direito? Ou seja, não fizeram a lição de casa, agora todo mundo está pagando a conta desta incompetência. Então o nosso Presidente está coberto de razão, quantos sapos tivemos de engolir dessas missões internacionais que vinham aqui em nosso país, dizendo o que tínhamos ou não o que fazer. Ou seja, cuidaram da casa do vizinho, mas não limparam a própria. Deixem o nosso presidente dar seus pitacos agora...garanto que a maioria da população brasileira apoia essa sua retórica.
Afinal com 80% de popularidade ele está muito à vontade para soltar a língua.
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