Coluna Cutucando, do SPC, no Ita News de hoje
Estou à venda
Sei que é muita pretensão minha querer que um prefeito ajuizado, como doutor Luiz, faça oferta de emprego para um cidadão com mais de setenta (porém, com ótima saúde), um caipira metido com apenas o primeiro-grau, mas bem-intencionado (como aqueles que lotam o Inferno). Sei da cotação do mercado para quem quer se vender, mas sou modesto, me contento só com uma secretaria, dessas de ficção, como a de Emprego e Renda, Meio-ambiente, Indústria/Comércio, Planejamento, Esporte ou alguma outra que o prefeito tenha disponível para fins políticos. Na minha secretaria, porém, não faço questão de ter como auxiliares garotas bonitas, descoladas, (muito menos garotos), pois sou do tempo em que o chefe da repartição respeitava as secretárias e não se envolvia com elas. Portanto, só quero que me deixem viver sossegado, sem amolação de ter que prestar contas do que faço ao prefeito, nem a vereadores, não quero criar atritos com colegas, afinal, corporativismo é bom e todo mundo gosta. Que tal, prefeito? Topas?
Mais um jornalista do prefeito
Como secretário “qualquer coisa”, posso ser aproveitado como jornalista pelo prefeito Cavani para ajudar nas suas aspirações políticas. Pois a se acreditar nos comentários que correm à boca frouxa, ele vai se afastar da Prefeitura, após dois anos, deixar a máquina sob os cuidados do doutor Ulysses e se lançar candidato a deputado federal numa dobradinha com...tchan-tcham-tcham-tcham...Vocês sabem com quem, até as pedras da rua sabem. Pois, então. Aí que entra este escriba comprado por pechincha. Ah, quase que me esquecia de dizer: não aceito ser RPA (funcionário “fantasma”). Eleger doutor Luiz deputado vai ser mamão com açúcar. Viva nosso querido prefeito!
Tarzan, o papudo
“Me considero um privilegiado, porque sou o único candidato que se elegeu sem pedir votos” – disse o vereador Tarzan à imprensa. O nobre vereador como sempre papudo, ele aprendeu a roncar papo com certo ex-prefeito que ele apoiou por oito anos na Câmara, aprovando todas as contas dele (rejeitadas pelo TCE), além de fazer de tudo para impedir a CEI do Fundef (criada por seu agora aliado Paulo de la Rua), que descobriu o desvio de milhões de reais da Educação em Itapeva. Na ocasião, o relatório da CEI, assinado pela vereadora Áurea Rosa, apontou falcatruas de milhões de reais em que fornecedores usavam “notas frias” de empresas fantasmas e funcionários venais que se locupletaram descaradamente na Prefeitura, tudo na maior tranqüilidade. E o Tarzan, líder do prefeito na ocasião, não viu nada (?). Na época a Câmara tinha 19 vereadores, sendo 5 da “oposição”, que também não viram nada. E o Tarzan foi reeleito por aqueles que também não sabem de nada, se lessem jornal saberiam com certeza. Hoje o relatório da CEI repousa nalguma prateleira de aço do Ministério Público. Pobre Itapeva.
Ajuda-me que te ajudarei - disse ele...
Os dez candidatos do PSDC que não tiveram um único voto deviam perguntar ao vereador Tarzan o que ele fez para ser eleito sem pedir votos. A propósito, recebi denúncias, via internet (os remetentes não se identificaram), de que os candidatos do PSDC, cujo presidente é genro do Tarzan, trabalharam foi na campanha do vereador, por isso não foi preciso o Tarzan ir atrás de eleitor. Pergunta: será mera coincidência o fato desses “candidatos” sem voto serem funcionários públicos municipais e licenciados de acordo com a Lei Complementar n. 64/90 –art. 1o, inciso II, alínea “1”? Então, como é que eles não votaram nem neles mesmos? Estranho! Será uma maracutaia?
Tenho em mãos (para quem quiser ver) caso semelhante ocorrido no município de Vila das Flores/RS, julgado pelo juiz Paulo Meneghetti da 1a Câmara Cível do TJRS, cujo relator foi o desembargador Luiz Felipe Silveira Difini. Foi o caso de dois irmãos, funcionários da Prefeitura, que se licenciaram para ser candidatos a vereador, mas um deles trabalhou para o outro e não teve nenhum voto. O Ministério Público entrou com Ação Civil Pública e como o funcionário era concursado foi demitido sem direito a nada e teve de devolver tudo o que ganhou durante a campanha. E ainda perdeu os direitos políticos por oito anos. Será este o caso de Itapeva? Doutor Promotor com a palavra.
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