Oposição busca palanques ao lado de Lula (ou busca verbas, pergunta o blog)
Letícia Sander - Folha de S. Paulo
Em contraste com o discurso da oposição sustentado sobretudo no Congresso, pelo país afora proliferam exemplos de oposicionistas "subindo no palanque" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sob o pretexto de acompanharem lançamentos de obras e programas voltados a suas regiões de origem, políticos do DEM e do PSDB, por vezes, contrariam posições defendidas por seus comandos nacionais.
Em contraste com o discurso da oposição sustentado sobretudo no Congresso, pelo país afora proliferam exemplos de oposicionistas "subindo no palanque" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sob o pretexto de acompanharem lançamentos de obras e programas voltados a suas regiões de origem, políticos do DEM e do PSDB, por vezes, contrariam posições defendidas por seus comandos nacionais.
Terça-feira passada, por exemplo, na inauguração de barragem no interior do Tocantins, o prefeito de Porto Alegre do Tocantins, Adeljon Nepomuceno de Carvalho (DEM), entre um elogio e outro lançados ao microfone, fez praticamente uma apologia do terceiro mandato do presidente.
O prefeito, em conversa com a Folha, demonstrou o seu "pragmatismo" ao falar sobre a relação com o governo federal.
--A gente que está aqui [cerca de 350 km de Palmas] depende das boas ações dos governantes. Nestes momentos, a gente não tem de ver o partido e sim o desempenho de quem está na linha de frente. LEIA MAIS
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No Brasil, os impostos vão para o governo central, que os distribui por critérios políticos/eleitoreiros. Prefeito que rezar pela cartilha do governo, puxar o saco de deputados/senadores, terá mais chance de ver a cor do dinheiro.
Leia a aula do filósofo Roberto Romano:
"Se os impostos se concentram na capital, o seu retorno aos municípios se efetiva em negociações entre oligarquias e ministérios.
Políticos regionais surgem como fonte de favor. O prestígio político mostra-se pelo número de obras que alguém traz à região.
Unidos a esse “favor”, surgem outros. Sem postos médicos? O político consegue internação. Vagas escolares? Matrículas são propiciadas. Jovens sem emprego? Cartas de recomendação redigidas.
Os prefeitos só conseguem algo nos ministérios, com auxílio de oligarcas.
Essa rede de favores é decisiva em eleições.
A cidade louva prefeitos, deputados e senadores que trazem recursos.
Poucos contribuintes sabem o que é preciso fazer para que tais “favores” se imponham no orçamento federal. A distribuição das verbas não é permanente ou a-partidária: “é dando, que se recebe”, prática que impera em todos os governos e partidos". LEIA MAIS
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