sexta-feira, março 14, 2008

DÓLAR E CAMPO MINADO
"Estamos entrando em um campo minado, pois quem conhece um pouco o brasileiro-consumidor sabe que esse processo só terminará se algo forte acontecer. No passado, o limite era dado por queda de reservas, crise cambial e inflação.
Mas, hoje, com a nova posição de credor externo, o limite levará muito tempo para ser atingido.
E aqui temos o ponto para o qual o presidente deveria ter sido alertado: o consumo das famílias e os gastos públicos continuam em aceleração demasiada.
Se nada for feito para reduzir esse dinamismo, vamos acabar tendo a combinação de dois movimentos: deterioração de nosso saldo comercial e, mais à frente, aumento da inflação.
Já escrevi à exaustão que o melhor caminho para evitar esse cenário seria o governo reduzir seus gastos de forma expressiva, diminuindo as pressões sobre o tecido produtivo.
Se isso não for feito, caberá ao Banco Central a tarefa de esfriar o excesso de entusiasmo que vemos hoje. Estamos falando então, infelizmente, de um aumento importante da taxa Selic. LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS, NA FOLHA
Google
online
Google