Missão impossível
Dora Kramer, O Estado de S. Paulo
Enquanto não se materializar no painel eletrônico de votações do Senado, a derrota do governo na CPMF continua sendo uma hipótese das mais remotas, quase inacreditável. Tipo da missão impossível.
Luiz Inácio da Silva tem tudo para ganhar: é bom na conversa popular, usa todas as armas à disposição - legítimas e ilegítimas -, leva o Senado a fazer acertos de absolvição a custo altíssimo, tem experiência de combate, dispõe da mais acachapante maioria de que um governo jamais dispôs no Congresso, tem tempo e espaço de sobra para fazer discurso, conta com as manchetes à sua disposição, é dono da mística do bom negociador, é desprovido de constrangimentos verbais e tem avaliação acima da média por parte de 50% da população.
Isso sem falar na posse de toda a máquina da administração federal e na colaboração da Câmara, paralisada a fim de não atrapalhar o governo no Senado.
Ah, e o dado fundamental: nem de longe conta com uma oposição parecida com aquela que comandou durante anos e era capaz de mobilizar os movimentos sociais em favor de suas causas. Hoje o cenário é inverso: os oposicionistas não reúnem meia dúzia nas esquinas e a situação, experiente no ramo, conta com a sustentação dos movimentos de sindicatos, estudantes e uma intelectualidade tímida e reverente.
Nesse quadro, como perder um combate onde estão em jogo R$ 120 bilhões, considerados os três próximos anos de mandato de Lula? LEIA MAIS
Dora Kramer, O Estado de S. Paulo
Enquanto não se materializar no painel eletrônico de votações do Senado, a derrota do governo na CPMF continua sendo uma hipótese das mais remotas, quase inacreditável. Tipo da missão impossível.
Luiz Inácio da Silva tem tudo para ganhar: é bom na conversa popular, usa todas as armas à disposição - legítimas e ilegítimas -, leva o Senado a fazer acertos de absolvição a custo altíssimo, tem experiência de combate, dispõe da mais acachapante maioria de que um governo jamais dispôs no Congresso, tem tempo e espaço de sobra para fazer discurso, conta com as manchetes à sua disposição, é dono da mística do bom negociador, é desprovido de constrangimentos verbais e tem avaliação acima da média por parte de 50% da população.
Isso sem falar na posse de toda a máquina da administração federal e na colaboração da Câmara, paralisada a fim de não atrapalhar o governo no Senado.
Ah, e o dado fundamental: nem de longe conta com uma oposição parecida com aquela que comandou durante anos e era capaz de mobilizar os movimentos sociais em favor de suas causas. Hoje o cenário é inverso: os oposicionistas não reúnem meia dúzia nas esquinas e a situação, experiente no ramo, conta com a sustentação dos movimentos de sindicatos, estudantes e uma intelectualidade tímida e reverente.
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1 Comments:
A jornalista errou na sua previsão, a CPMF caiu, com a forcinha dos que inventaram este imposto, graças a FHC, Virgílio e demais tucanos juntamente com os DEM, impuseram uma grande derrota ao governo, as conseqüencias disto só saberemos lá na frente. Uma coisa, tenho certeza, não foi uma derrota só do governo, perderam Serra, Aécio, Yeda, Geraldo, enfim, os goverandores e possíveis candidatos à presidência. Agora esse discurso fácil de que ajudaram os pobres derrubando a CPMF soa muito falso, quem votou contra que assuma a condição de ser oposição e que votou contra o governo.
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