Poder sindical vitalício
Editorial, O Estado de S. Paulo
Se os líderes das centrais sindicais fazem, mais que um lobby, uma pressão meio adoidada junto aos senadores da República, para ressuscitar a Contribuição Sindical obrigatória - derrubada pela emenda do deputado Augusto Carvalho (PPS-DF), no bojo do Projeto de Lei 1.990/07 que regulamenta as centrais sindicais -, é porque o poder sindical vitalício que alguns têm desfrutado, há décadas, é dependente total, absoluto, da dinheirama compulsoriamente arrecadada dos trabalhadores - correspondente a um dia de trabalho por ano de todos, sejam ou não sindicalizados.
Editorial, O Estado de S. Paulo
Se os líderes das centrais sindicais fazem, mais que um lobby, uma pressão meio adoidada junto aos senadores da República, para ressuscitar a Contribuição Sindical obrigatória - derrubada pela emenda do deputado Augusto Carvalho (PPS-DF), no bojo do Projeto de Lei 1.990/07 que regulamenta as centrais sindicais -, é porque o poder sindical vitalício que alguns têm desfrutado, há décadas, é dependente total, absoluto, da dinheirama compulsoriamente arrecadada dos trabalhadores - correspondente a um dia de trabalho por ano de todos, sejam ou não sindicalizados.
E vice-versa: o usufruto da dinheirama é o que torna desejável o poder vitalício. Essa prebenda fabulosa é filha dileta do Estado Novo getulista (1937-1945) e se sobrepõe a quaisquer tentativas de modernização trabalhista, mesmo que a eliminação do espúrio imposto tenha sido um dos grandes cavalos de batalha, tanto do Partido dos Trabalhadores quanto de seu principal braço sindical, a Central Única dos Trabalhadores (CUT). É uma questão de perspectiva. A que se tem na oposição é diferente da que se tem no governo. MAIS
Os caras entram e não saem mais. E o sindicato passa a ser conhecido pelo nome do presidente - vitalício. Por aqui, temos o Sindicato do Marion, o Sindicato do Rubens Ribas (agora do Dago), o Sindicato do Zé Lopes...
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