PACTO DEMOCRÁTICO
A intolerância à inflação e ao experimentalismo inconseqüente na economia, a necessidade de despesas continuadas na saúde e na educação e o direito de todos a uma renda mínima são frutos desse processo.
A não ser que o pacto democrático se altere muito, nenhum partido ou coalizão partidária que assuma o poder vai questionar essas conquistas. Poderá colocar ênfase neste ou naquele aspecto, mas dará seqüência a essas ações, que já ganharam o status de políticas de Estado.
Já passa da hora de o Brasil agregar mais alguns itens a seu acervo de objetivos duradouros e suprapartidários. O poder público precisa reduzir, paulatinamente, a fatia da renda que exige dos contribuintes.
Para tanto, é imperativo que o Estado diminua, também aos poucos, a proporção das despesas de manutenção da máquina -o que só pode ser feito, dadas as necessidades da população brasileira, mediante progressos sistemáticos na produtividade e na qualidade dos serviços públicos.
Ao abandonar a negociação com o Planalto em torno da renovação da CPMF, a bancada de senadores do PSDB perdeu uma oportunidade rara de fazer avançar essa agenda. Seja qual for o destino da emenda do imposto do cheque, estão prejudicadas as condições ideais para um pacto que obrigue as principais forças políticas ao enxugamento inteligente da máquina pública.MAIS
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