sábado, setembro 15, 2007

PNAD 2006: RESUMO DOS DADOS
Caros, a estatística é uma ferramenta fundamental para a entender as coisas. Certa esquerda ignorante diz que o mundo está piorando, depois do capitalismo. Mentira. As estatísticas dizem o contrário. A esperança de vida dobrou. Fiz um resumo dos dados da PNAD, ontem divulgada pelo IBGE. Apesar dos pesares, o Brasil está melhorando, faz tempo (depois da industrialização, especialmente). Devagar, mas está. Poderia ser mais rápido, se tivéssemos governos mais decentes, se o país tivesse um plano estratégico de crescimento. Bom proveito:
1-Trabalhadores do Brasil - rendimento médio: R$ 883 por mês (menor que em 1996, que era R$ 975);
Nota: para a primeira metade da distribuição do rendimento de trabalho (aqueles que ganham menos): R$ 293 em 2006 (maior que em 1996, que era de R$ 267)

2-Percentual de pessoas que trabalhavam na população de 10 anos ou mais de idade: 57,0% (57,5% em 1992; 55,0%, em 1996)

3-Trabalho infantil: 5,1 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos de idade.

4-Taxa média de fecundidade nacional caiu ao nível do limite de reposição: 2,0 filhos em média por mulher.

5-Rendimento das mulheres: 65,6% do rendimento dos homens, contra 64,4% em 2005; 63,5% em 2004; e 58,7% em 1996.

6-Rendimento médio dos domicílios brasileiros: R$ 1.687 (no Nordeste: R$ 1.089; no Sudeste: R$ 1.885).

No país, a metade inferior da distribuição (os menores rendimentos) respondia, em 2004, por apenas 15,9% do total de rendimentos; em 2005, por 16,1%; e em 2006, por 16,4%.

7-Escolaridade - dos quase 90 milhões de ocupados em 2006, 33,4 milhões tinham completado pelo menos o equivalente ao ensino médio (11 anos ou mais de estudo).

8- 19,3 % (17,2 milhões) trabalham na agriculutra. Atividade agrícola perde mais de meio milhão de trabalhadores em um ano De 2005 para 2006, a participação da atividade agrícola na população ocupada caiu de 20,5% (17,8 milhões de trabalhadores) para 19,3% (17,2 milhões). Em 2004, a participação da atividade agrícola era de 21,0%, ou seja, 17,7 milhões de brasileiros estavam trabalhando no campo.

A participação da atividade agrícola na população ocupada caiu significativamente em todas as regiões. A região Nordeste, onde se concentrava o maior contingente desses trabalhadores, cerca de 7,9 milhões de pessoas, apresentou a maior queda (de 36,5% em 2005, para 33,8% em 2006), com redução de 447 mil trabalhadores.

Na região Norte, a participação da atividade agrícola passou de 23,4% para 22,6% da população ocupada.
No Sul, onde a atividade agrícola tem peso expressivo, o percentual de trabalhadores também caiu, de 22,1% em 2005 para 21,2%.
Por fim, a região Centro-Oeste, com cerca de 1 milhão de trabalhadores na atividade agrícola, teve queda de 17,6% para 16,4%.
(Nota do blog: quanto mais adiantada a região, menor a proporção de agricultores. A tendência é essa mesma, em todo o mundo.

9- 14,8 % (13,2 milhões) trabalham na indústria. No grupamento da indústria, trabalhavam, em setembro de 2006, 13,2 milhões de pessoas. Observou-se aumento de 1,7% nessa estimativa, em relação ao ano anterior. A indústria registrou aumento de contingente apenas nas regiões Sudeste (3,4%) e Centro-Oeste (8,1%).

10-Desocupação - Do contingente de 96,7 milhões de pessoas na força trabalho, 8,2 milhões estavam desocupadas 5 em setembro de 2006.

11-Mulheres no mercado de trabalho: A participação das mulheres no mercado de trabalho tem sido cada vez mais expressiva. Em 2006, elas somavam 42,6 milhões (43,7%).

12-Analfabetos funcionais ainda são 23,6% da população

13 -Taxa média de fecundidade chega ao nível de reposição da população: 2 filhos por mulher

A taxa de fecundidade, em 2006, foi estimada em 2,0 nascimentos por mulher (em 2005, havia sido de 2,1 nascimentos por mulher), caindo ao nível de reposição da população.

13- Mais mulher que homem - Em 2006, havia cerca de 91 milhões de homens e 96 milhões de mulheres.
14-O número médio de pessoas por domicílio, no país, ficou em 3,4.

15-Em relação a cor/ raça, em 2006, a população brasileira era composta por 49,7% de brancos, 42,6% de pardos e 6,9% de pretos.

16- Migração - Em 2006, as pessoas não-naturais do município de residência eram 40,0% da população do país, e as não-naturais da unidade da federação (UF) em que moravam representavam 16,0%.

54,2% no Centro-Oeste de população não-natural:
31,5% na região Nordeste
41,3% no Sudeste
42,2% na região Norte
44,3% no Sul do país.

17-De 1981 a 2006, população jovem caiu de 58,2% para 44,3% do total

No Brasil, a população até 25 anos caiu continuamente, no período de 1981 a 2006 , de 58,2% para 44,3% do total.
De 0 a 4 anos na população caiu 5,9 pontos percentuais de 1981 para 2006 (de 13,4% para 7,5%).
De de 5 a 9 anos, a queda foi de 3,5 pontos percentuais (de 12,4% para 8,9%) no mesmo período.

18-Telefone
Do total de residências, 74,5 % tinham telefone em 2006, e em 27,7% havia apenas celular
19-Rádio e TV
Em 2006, 87,9% dos domicílios tinham rádio e 93,0%, televisão.
20-Computador/internet
Computador: 22,1% dos domicílios no país
Internet: 16,9%

21-A rede geral de água: 83,2% dos domicílios do país

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