País fica para trás na solução de gargalo de infra-estrutura
Fernando Canzian, Folha de S. Paulo
Os cinco últimos anos de crescimento global ininterruptos na faixa de 5% começam a expor problemas na infra-estrutura de transporte e logística em várias partes do mundo. Os países em desenvolvimento, com crescimento ainda mais acelerado, são os que mais sofrem com os problemas.A principal saída dos governos tem sido recorrer a variações de modelos de PPPs (parcerias público-privadas).Em vários países africanos, até 14% dos projetos nas áreas de energia e transporte estão sendo feitos hoje a partir de parcerias com o setor privado. O mesmo ocorre na Irlanda e em países do Leste Europeu.Uma das grandes exceções é o Brasil. Com problemas crescentes em sua infra-estrutura de transporte e extremamente dependente do modal rodoviário, o país ainda não realizou PPPs em nível federal. MAIS
Fernando Canzian, Folha de S. Paulo
Os cinco últimos anos de crescimento global ininterruptos na faixa de 5% começam a expor problemas na infra-estrutura de transporte e logística em várias partes do mundo. Os países em desenvolvimento, com crescimento ainda mais acelerado, são os que mais sofrem com os problemas.A principal saída dos governos tem sido recorrer a variações de modelos de PPPs (parcerias público-privadas).Em vários países africanos, até 14% dos projetos nas áreas de energia e transporte estão sendo feitos hoje a partir de parcerias com o setor privado. O mesmo ocorre na Irlanda e em países do Leste Europeu.Uma das grandes exceções é o Brasil. Com problemas crescentes em sua infra-estrutura de transporte e extremamente dependente do modal rodoviário, o país ainda não realizou PPPs em nível federal. MAIS
Meio século atrás, o governo pouco gastava com educação, saúde. Minha mãe, na década de 1930/40, aprendeu a ler com professor particular - pago pelos pais, sitiantes de Itaporanga (SP). Na saúde, eram as santas casas, propriamente chamadas de misericórdia, que cuidavam da saúde do povo. A Santa Casa de Itapeva, até pouco tempo, era cuidada por madres, financiada pela comunidade. Nessa época, o governo arrecadava por volta de 15 % do PIB em impostos. Porque não gastava no "social", sobrava dinheiro para construir empresas estatais, como Getúlio e outros fizeram: Petrobrás, CSN, Vale, etc. Empresas que foram importantes para o processo de industrialização do país.
Hoje é diferente. Com o chamado estado de bem-estar social, os governos passaram a investir em educação, saúde, aposentadoria, bolsa-família, etc. Consequência: a carga tributária pulou para 35 % do PIB.
Portanto, estatização não depende apenas de ideologia, de vontade, como certa esquerda bocó imagina. É sobretudo uma questão de matemática, de fazer continhas.
Estado-empresário como era o de Getúlio ou Estado do bem-estar social?
É preciso escolher. Porque não há dinheiro para o Estado fazer as duas coisas.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home