quarta-feira, agosto 29, 2007

"O PAÍS É UM IMPÉRIO DISFARÇADO DE REPÚBLICA FEDERATIVA"
Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia Política na Unicamp:
Sem a profunda democratização dos partidos, nenhuma reforma política pode ocorrer no Brasil.
Normas disciplinares sobre a fidelidade partidária, penalidades aos que vivem fora da lei e no entanto são legisladores, representam paliativos, usados contra um mal duplo.
A excessiva centralização do país no Executivo é o primeiro maleficio. Enquanto os prefeitos e governadores forem desprovidos de autonomia legal e financeira, os deputados federais e integrantes do Senado serão apenas intermediarios de recursos para suas regiões. É o apoio ao Presidente da República em troca de verbas. Daí, a busca do partido mais apto para o referido comércio. Se uma organização partidária não tem força na feira do Congresso Nacional, o parlamentar segue para outra, rentável para as suas bases eleitorais.
O país é um império disfarçado de república federativa e os Estados se organizam em oligarquias que operam no Legislativo e Judiciário federais por meio de representantes eleitos ou togados. Dessas oligarquias amplas, surgem as partidárias, que sufocam o organismo politico, definem quem será escolhido como candidato, o programa, as alianças, promessas favoráveis e chantagens contra o governo federal, etc. LEIA MAIS

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