A política do aquecimento global
NELSON ASCHER, NA FOLHA DE HOJE
A visão de mundo da militância ecológica é regressiva, mística, medieval, paleolítica
Elas (as militâncias verde e ecológica) parecem entrever nele (aquecimento global) uma espécie de oportunidade de ouro não para resolver dilemas concretos, mas para impor-nos sua visão de mundo.
Não é mistério que essa é regressiva, mística, medieval, quando não paleolítica, que ela odeia a tecnologia e a ciência (salvo os ramos que confirmem suas profecias) e, sobretudo, acha nossa civilização e modo de vida absolutamente pecaminosos.
A ira sagrada que move tais militantes têm menos a ver com o bem-estar geral do maior número de pessoas do que com o fogo do inferno que deveria abrasar uma civilização que lhes contradiz diariamente os dogmas, uma civilização que garante mais vida a mais gente devido ao uso inteligente de outras fontes de energia além das tradicionais, isto é, a musculatura animal e humana.
Vale a pena acrescentar que o militante médio sabe tão pouco da ciência necessária quanto nós, os leigos em geral. Se não temos como julgar diretamente a qualidade da ciência e do aparente consenso que, por enquanto, garantem-nos que há um aquecimento global ocasionado por nossa espécie, podemos, como aliás fazem os cientistas para descobrir o clima de épocas e lugares onde não estavam, tentar deduzir indiretamente que intenções acompanham cada solução proposta, e não só podemos como precisamos avaliar politicamente seu impacto sobre nosso modo de vida. LEIA MAIS (PARA ASSINANTE)
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