Uma nova política cambial para o país
Professor José Luís Oreiro e Luciano Lara, no Valor Econômico: "Após a implantação do Real, em julho de 1994, o Brasil passou por um momento de indecisão quanto ao regime cambial a ser adotado e em 1995 optou-se pela adoção de bandas cambiais.
Após diversos ataques especulativos, que tinham como causas as sucessivas crises cambiais ocorridas no resto do mundo (México em 1994, Sudeste Asiático em 1997 e Rússia em 1998), é adotado o regime de câmbio flutuante, em janeiro de 1999.
Desde então o câmbio flutuante no Brasil ficou caracterizado pela volatilidade, alternando períodos de grande apreciação (atual) e grande depreciação (2002).
Essa volatilidade é um problema grave porque os agentes são levados a postergar suas decisões, notavelmente aqueles investimentos voltados para exportação, em razão de não conseguirem calcular seu retorno.
Além disso, a apreciação cambial acarreta perda de competitividade para as exportações, em especial nos setores têxtil, de calçados e automóveis, havendo inclusive indícios crescentes de desindustrialização em função da forte apreciação da taxa de câmbio.
Nesse contexto, iremos apresentar uma proposta de regime cambial que auxiliará na redução desses problemas, reduzindo a volatilidade da taxa de câmbio e garantindo a competitividade para as exportações no longo prazo.
A proposta baseia-se no regime de banda de monitoramento que foi proposto pelo Comitê de Tarapore para o Banco Central da Índia. A idéia geral é de que o novo regime seria um sistema de bandas em que o BC teria flexibilidade de intervenção, isto é, não haveria obrigação de intervenção caso a taxa de câmbio saísse da banda.
(..)
Deve-se ressaltar também que entre os BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o único que não tem um regime de câmbio administrado; sendo talvez essa uma das razões pelas quais o nosso país apresente uma performance de crescimento muito inferior a observada nesses países." ÍNTEGRA
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