domingo, novembro 19, 2006

CADA VEZ PIOR
Eliane Cantanhêde, na Folha
"As urnas foram até condescendentes com parlamentares envolvidos ou suspeitos de envolvimento em maracutaias, mas alguns dos deputados mais atuantes e mais experientes da Câmara simplesmente não vão voltar.
Uns foram derrotados, outros nem disputaram. Essa gente faz falta, especialmente depois de uma legislatura marcada por mensalão, sanguessugas, a eleição de Severino Cavalcanti e um total desequilíbrio entre os políticos que fazem política e os arrivistas de toda sorte - que parecem emergir dos subterrâneos do Congresso para presidências e lideranças de partidos, para as comissões, para o poder, contaminando o ambiente e confundindo ainda mais a percepção dos cidadãos sobre a importância da política.
Em resumo, o eleitor não vota mais em quem pensa o país e o futuro, mas em quem faz -ou pode, ou promete fazer- algo concreto para melhorar a sua vida já. Às favas as idéias, as políticas estratégicas. O momento é do individualismo. Cada um por si, e seja o que o eleitor quiser." ÍNTEGRA
E o sistema eleitoral não tem nada a ver com isso?
Mensaleiros, porque "têm" mais dinheiro, têm mais facilidade de se eleger no sistema proporcional. Neste sistema, o candidato pode "garampir" votos em todos os municípios do Estado. E os cabos eleitorais estão aí mesmo para facilitar a vida deles.
Por isso direitos (impessoais) são transformados em favores (pessoais) para servir de moeda de troca aos mercadores.
Teriam a mesma facilidade se direitos fossem tratados como direitos?
Teriam a mesma facilidade se tivessem que convencer a maioria dos eleitores de um distrito eleitoral?
Ah! Mas isso é coisa de país "neoliberal".
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