ITAPEVA REDUZ PLANTIO DE SOJA - efeito do dólar barato
Do Portal Itapeva: "O endividamento dos produtores rurais, somado [e em conseqëncia] ao baixo preço da soja, deve contribuir para uma redução da área plantada na próxima safra. A estimativa do Instituto FNP é que no Brasil o plantio seja 6% menor do que o registrado na safra anterior. Em Itapeva, a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), prevê uma redução em torno de 20% na área plantada. Na safra passada foram cultivados 24 mil hectares com soja pelos itapevenses. Embora o novo plantio deva ter início somente no início de outubro, as projeções não são favoráveis à oleaginosa, que há três anos era cotada em R$ 60,00, por saca de 60 quilos e era considerada a salvação da lavoura no Sudoeste. Nesta terça-feira, segundo a cotação da Agroplens, a saca é cotada em R$ 24,00 em Itapeva.
O preço do milho [lavoura alternativa], porém, ainda está longe do alcançado pelos produtores há três anos, quando a saca de 60 quilos chegou a ser cotada na região a R$ 30,00. Nesta terça-feira, de acordo com a cotação da Agroplens, a mesma saca, com milho seco, foi cotada a R$ 13,00 em Itapeva." Leia mais
COMENTÁRIO – Eis em preto e branco o efeito destruidor da política de dólar baixo, que costuma ser adotado no Brasil para facilitar a reeleição e a popularidade.
Soja, milho e tantos outros produtos (commodities) produzidos e consumidos em todo o mundo são cotados internacionalmente. Em dólar. A cotação, é claro, varia conforme a oferta e procura internacional. É a globalização.
Exemplos. Arroba de boi: 20 dólares. Saco de soja: 12.
Milho: 6 dólares.
6 dólares a R$ 3,50 = R$ 21,00
6 dólares a R$ 2,20 = R$ 13,20
Quando o dólar abaixa, o produtor perde renda, diminui a área plantada, desemprega, o comércio perde vendas. Enfim, a economia perde dinamismo.
Mas há um lado positivo, ao menos temporariamente. É aí que mora o perigo!
Se produtor perde, quem ganha? Quem ganha é o consumidor que compra produtos mais baratos: milho, fubá, farinha, carne de frango e de porco etc. Ou seja, a cesta básica fica mais barata – e o poder aquisitivo do salário aumenta, compra mais com menos.
Nestes meses eleitorais, o poder aquisitivo do salário é recorde - o maior em muitas décadas. Claro que é um fator decisivo para a popularidade do presidente, que lidera as pesquisas eleitorais.
É uma política sustentável?
A reportagem da competente jornalista Juliana Oliveira no Portal Itapeva mostra que não é. Os agricultores endividados, sem renda suficiente, vão reduzir a área plantada. Vai haver redução na produção agrícola (o próprio ministro da Agricultura já reconheceu isso).
Uma pergunta: com desestímulo à produção, é possível dar certo?
Ora, “distribuição de renda” nada mais é do que distribuição de produtos, de bens. Há que haver, portanto, mais produtos para serem divididos!
Lamentavelmente essa história é bem conhecida. FHC foi eleito e reeleito pelo dólar baixo do Plano Real para segurar a inflação disparada. Um por um, lembra? Depois veio a conta! Desemprego recorde (que persiste!), déficit na balança comercial, socorro do FMI etc. Exatamente por isso era chamado pelos petistas de "neoliberal". Como este mundo dá voltas!
(Sabe qual é a principal política que fez o crescimento do Japão, dos tigres asiáticos e agora da China? Dólar alto/competitivo para estimular a produção e exportação! É assim que eles atraem capital produtivo das multinacionais para instalar fábricas no país, criar riquezas e emprego. Paralelamente, educam e treinam a população para disputar empregos e melhorar de salário. Tem funcionado!)
Soja, milho e tantos outros produtos (commodities) produzidos e consumidos em todo o mundo são cotados internacionalmente. Em dólar. A cotação, é claro, varia conforme a oferta e procura internacional. É a globalização.
Exemplos. Arroba de boi: 20 dólares. Saco de soja: 12.
Milho: 6 dólares.
6 dólares a R$ 3,50 = R$ 21,00
6 dólares a R$ 2,20 = R$ 13,20
Quando o dólar abaixa, o produtor perde renda, diminui a área plantada, desemprega, o comércio perde vendas. Enfim, a economia perde dinamismo.
Mas há um lado positivo, ao menos temporariamente. É aí que mora o perigo!
Se produtor perde, quem ganha? Quem ganha é o consumidor que compra produtos mais baratos: milho, fubá, farinha, carne de frango e de porco etc. Ou seja, a cesta básica fica mais barata – e o poder aquisitivo do salário aumenta, compra mais com menos.
Nestes meses eleitorais, o poder aquisitivo do salário é recorde - o maior em muitas décadas. Claro que é um fator decisivo para a popularidade do presidente, que lidera as pesquisas eleitorais.
É uma política sustentável?
A reportagem da competente jornalista Juliana Oliveira no Portal Itapeva mostra que não é. Os agricultores endividados, sem renda suficiente, vão reduzir a área plantada. Vai haver redução na produção agrícola (o próprio ministro da Agricultura já reconheceu isso).
Uma pergunta: com desestímulo à produção, é possível dar certo?
Ora, “distribuição de renda” nada mais é do que distribuição de produtos, de bens. Há que haver, portanto, mais produtos para serem divididos!
Lamentavelmente essa história é bem conhecida. FHC foi eleito e reeleito pelo dólar baixo do Plano Real para segurar a inflação disparada. Um por um, lembra? Depois veio a conta! Desemprego recorde (que persiste!), déficit na balança comercial, socorro do FMI etc. Exatamente por isso era chamado pelos petistas de "neoliberal". Como este mundo dá voltas!
(Sabe qual é a principal política que fez o crescimento do Japão, dos tigres asiáticos e agora da China? Dólar alto/competitivo para estimular a produção e exportação! É assim que eles atraem capital produtivo das multinacionais para instalar fábricas no país, criar riquezas e emprego. Paralelamente, educam e treinam a população para disputar empregos e melhorar de salário. Tem funcionado!)
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