NOSSA DEMOCRACIA É MUITO POUCO DEMOCRÁTICA
Estadão: “Os 126 milhões de brasileiros que vão às urnas no dia 1º de outubro escolherão, entre 18.306 candidatos, representantes que, de modo geral, vão representá-los muito pouco, praticamente nada. A democracia está perdendo, aos olhos do cidadão, a batalha da imagem. As desigualdades sociais persistem, o mundo político virou um clubinho fechado.”
Gabriel Manzano Filho entrevista “um craque do direito público, o jurista e ex-ministro da Justiça Célio Borja, 78 anos, veterano estudioso do assunto.”
(...) “Por isso muita gente com vocação política prefere entrar numa ONG ou num movimento social. Acrescente-se a isso o que vimos ocorrer no Brasil: muitos partidos viraram quadrilhas.”
“Pois o que está roendo a idéia democrática junto ao povo, é exatamente o fato de que a nossa democracia é muito pouco democrática. E o povo não tem espaço nem chance. Lembro aqui a concepção de democracia - que adotei como minha - do francês Henri Bergson. Ele diz que a democracia é de essência evangélica. Não é feita para o rico ou poderoso, é um serviço que se presta à comunidade. A ética democrática é a ética do bem comum. E essas coisas estão longe de ser atendidas. Em vez disso temos uma organização funcionando em favor de grupos. Falta é uma alma, uma ética do Estado a serviço de cada um de nós.”
“Essa história de que somos imorais, mais corruptos do que no passado, não é verdade. O brasileiro é hoje mais educado, mais alfabetizado.”
Leia a íntegra da entrevista no Estadão de domingo.
PS: O retrato é do filósofo iluminista francês Montesquieu (1689-1755), famoso pela teoria da separação dos poderes, base da democracia republicana.
Gabriel Manzano Filho entrevista “um craque do direito público, o jurista e ex-ministro da Justiça Célio Borja, 78 anos, veterano estudioso do assunto.”
(...) “Por isso muita gente com vocação política prefere entrar numa ONG ou num movimento social. Acrescente-se a isso o que vimos ocorrer no Brasil: muitos partidos viraram quadrilhas.”
“Pois o que está roendo a idéia democrática junto ao povo, é exatamente o fato de que a nossa democracia é muito pouco democrática. E o povo não tem espaço nem chance. Lembro aqui a concepção de democracia - que adotei como minha - do francês Henri Bergson. Ele diz que a democracia é de essência evangélica. Não é feita para o rico ou poderoso, é um serviço que se presta à comunidade. A ética democrática é a ética do bem comum. E essas coisas estão longe de ser atendidas. Em vez disso temos uma organização funcionando em favor de grupos. Falta é uma alma, uma ética do Estado a serviço de cada um de nós.”
“Essa história de que somos imorais, mais corruptos do que no passado, não é verdade. O brasileiro é hoje mais educado, mais alfabetizado.”
Leia a íntegra da entrevista no Estadão de domingo.
PS: O retrato é do filósofo iluminista francês Montesquieu (1689-1755), famoso pela teoria da separação dos poderes, base da democracia republicana.
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